O Mundo do TT não é só para Homens
Professora de geografia de profissão Elisabete Jacinto em 1992 com 28 anos participa na sua primeira prova de competição, com uma Suzuki DR 350.
Mas foi em 1998 que Elisabete se lança definitivamente nas provas do deserto. Participa pela primeira vez no rali Paris-Dakar (com a Suzuki DR 650 cc) mas não conclui a prova abandonando na sétima etapa devido aos muitos problemas mecânicos resultantes de uma preparação inexperiente.
A grande vitória da carreira de Elisabete Jacinto é conseguida no ano de 2000 ao concluir o rali Dakar-Cairo, com a KTM Rally. E não só termina o rali como vence a Taça de Senhoras da prova por todos considerada como a mais dura do Mundo. O seu mérito é por todos reconhecido.
Em 2001 no Rallye Paris-Dakar, realiza a prova mais dura da sua vida na qual põe à prova toda a sua resistência física e psíquica. Um acidente com o carro de assistência que, explode sobre uma mina, faz com que Elisabete fique sozinha e a realizar ela própria todas as tarefas de assistência ao seu rali. Apesar de todos os problemas chega ao fim feliz por ter atingindo finalmente o seu objectivo: terminar o rali mais duro do Mundo, o rali Paris-Dakar.
Em 2003 começa a era do camião. Pela primeira vez entra no rali Telefónica Dakar. Mas com pouca experiência de condução de veículos pesados e com um camião pouco potente, Elisabete revela-se incapaz de ultrapassar todas as dunas em tempo útil. Depois de conduzir por três dias consecutivos sem dormir, abandona a competição e passa para a categoria T5 (Categoria Veículo de Assistência).
Segura de poder fazer melhor dedica toda a época à preparação da sua próxima participação em camião. E na edição 2004 chega no 26º lugar absoluto, entre os 63 camiões que partiram e os 39 que chegaram a Dakar. Elisabete entra para a história do Dakar, nunca, em 25 anos de competição uma mulher terminara a prova aos comandos de um camião
Em 2005 alcançou 24º lugar e as palavras da piloto foram:”Não era bem este o resultado que eu esperava já que a minha meta era um lugar entre os 15/20 primeiros. Tal ficou a dever-se a um rol de pequenas coisas que, se virmos bem, são compreensíveis. Estamos com uma equipa - a Renault Trcuks - que apenas disputa esta prova a nível oficial pela segunda vez. Foi feito um grande esforço de desenvolvimento mas nem tudo resultou. Todavia outras equipas estão cá há muitos anos e nem sempre tudo lhes sai bem. O nosso principal problema fora os amortecedores. Não é fácil pegar num excelente camião de "obra" e fazer dele um puro sangue de corrida, mas voltámos a provar a sua fiabilidade e isso era o mais importante”.
Este ano volta ao Dakar em camião.
Com um palmarés invejável conta ainda com a Ordem do Mérito (Atribuída pelo Presidente da República) e é ainda autora da B.D. "Os Portugas no Dakar"
Etiquetas: mundo automóvel
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