30 janeiro 2006

Mercedes C111

Em Setembro de 1969 a Mercedes apresentava o C111 no Frankfurt International Motor Show. O carro era uma inovação em termos de design e engenharia. Os visitantes amontoavam-se para ver as linhas dinâmicas e as portas asa de gaivota ao estilo do 350SL Gullwing. Na primavera de ‘70 e ainda mais elegante o C111-II apresentou-se no Geneva Motor Show. Todavia o C111, não fora planeado para a produção ou para aparecer em exibições, o seu único propósito era de ser um carro experimental. Máquinas de laboratório como esta eram desenhadas, para por exemplo testar novos materiais como a fibra de vidro reforçada com plástico para a carroçaria. A segunda revolução estava escondida debaixo da sua pele. O 1º modelo experimental tinha um motor Wenkel de 3 rotores debitando 280cavalos a partir dos 600cm2 de cada pistão rotativo. O carro atingia os 260km/h e fazia dos 0-100km/h em 5 seg. O C111-II de 1970 tinha mais um rotor ou seja quatro e debitava 350cv, atingia os 300km/h e fazia os 0-100km/h em 4,8seg.
Apesar das boas prestações a Mercedes-Benz abandonou em ‘71 este tipo de motor, em parte devido a alguns problemas técnicos e também devido ao enorme consumo que o motor Wenkel apresentava em relação ao motor convencional para a mesma performance.
Em finais de ’73 com a crise do petróleo a gasolina tornara-se num bem escasso. Assim em ’76 a Mercedes-Benz foi contra todos os juízos feitos sobre os motores a gasóleo e decidiu instalar um 3litros de 5 cilindros no C111-II para testar e denominou-o de C111-IID. O motor era o do Mercedes 240D de 80 cavalos, mas aperfeiçoado para 190cv, com um turbo e um intercooler. Em Junho de ’76 o C111-IID atingiu velocidades espectaculares na pista de Nardo em Ítala. Numa corrida de 60 horas, 4 pilotos estabeleceram 16 novos recordes, 13 dos quais em relação a motores a gasóleo. A velocidade média da corrida rondava os 252km/h. A Mercedes provou que os motores a gasóleo tinham também qualidades de sprinters.
Com este sucesso a Mercedes decidiu construir o C111-III com o único propósito de estabelecer novos recordes. Em ’78 o C111-III alinhou novamente na pista de Nardo, com um motor a diesel de 230cv, e velocidade de ponta acima dos 300km/h. Com esta ‘Seta Prateada’ a Mercedes estabeleceu mais 9 novos recordes.
Mas ao C111 ainda faltava um último passo na evolução para se tornar numa verdadeira maquina de corrida. A última versão, C111-VI apresentado em ’79, bateu o recorde da pista, chegando aos 403,978km/h, mas desta vez com motor a gasolina de 4,5l e 500cv.
Pode-se afirmar que o C111 ajudou e muito a estabelecer os standards para o design dos desportivos modernos.

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